14ª Mini-Jornada da Família "Violência familiar e a desestruturação do jovem" ARTIGOS E MENSAGENS Mapa da Violência 2012: Crianças e Adolescentes do Brasil Por ocasião dos 22 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente, completados na última sexta feria 13/07/2012, a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Flacso e o Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos Cebela estão divulgando o Mapa da Violência 2012: Crianças e Adolescentes do Brasil, do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz. As fontes utilizadas para a realização do estudo foram: o Sistema de Informações de Mortalidade SIM, com dados de 1980 até 2010 e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan, com dados do ano 2011, ambas as fontes do Ministério da Saúde, além do Sistema de Informações Estatísticas da Organização Mundial da Saúde Whosis para as análises internacionais. O estudo traça um amplo panorama da evolução da violência dirigida contra as crianças e adolescentes nas 3 décadas decorridas desde 2010, quando morrem nada menos que 608.492 crianças e adolescentes por causas externas violências e acidentes consideradas evitáveis tanto pela Organização Mundial da Saúde quanto pelo Ministério da Saúde, tipificados como homicídio 176.043 dessas mortes. O mais preocupante é que esse flagelo homicida vem se agravando de forma tal que quase a metade dos assassinatos 84.846 aconteceu na última década. Para entender a gravidade da situação, basta mencionar que nossa taxa de homicídios: 13 para cada 100 mil crianças e adolescentes, colocaram o Brasil no 4º lugar entre 92 países do mundo segundo dados da OMS. Brasil só é superado por El Salvador, Venezuela e Trinidad e Tobago no triste ranking internacional de assassinatos de crianças e adolescentes. Entre as Unidades da Federação, destacam-se Alagoas e Espírito Santo pelas elevadas taxas de homicídio: 34,8 e 33,8 para cada 100 mil crianças e adolescentes respectivamente. Já os Estados de São Paulo e Piauí são os que melhor protegem suas crianças e adolescentes: taxas de 5,4 e 3,6 respectivamente. Entre as Capitais, Maceió e Vitória apresentam taxas altamente preocupantes: 79,8 e 76,8 assassinatos por 100 mil crianças e adolescentes, quase 6 vezes acima da média nacional. Ou municípios brasileiros, como Simões Filho e Lauro de Freitas, na Bahia, ou Ananindeua, no Pará, que apresentam taxas de homicídio de crianças e adolescentes absolutamente inaceitáveis. Perto de 40 mil crianças e adolescentes foram atendidas em 2011 pelo SUS, vítimas de Violência Doméstica, Sexual e/ou outras Violências. Em 2 de cada 3 casos, as violências aconteceram no domicílio das vítimas e o agressor foi alguém próximo grupo familiar ou de amigos. Pouco mais de 40% foram atendimentos por violência física e 20% por violência sexual. Os diversos capítulos de mortalidade de crianças e adolescentes por homicídio, por suicídio, por acidentes de transporte e por outros acidentes seguem um roteiro de análise similar: detalhamento da evolução histórica no país, nas unidades da federação, nas capitais e nos municípios de maior incidência e situação do Brasil no contexto internacional. Já no capítulo de atendimentos por violências no SUS é analisada a incidência, por Unidade da Federação e por município. Também são especificados os atendimentos por violências físicas e por violências sexuais assedio sexual, estupro, exploração sexual, etc.. Para cada tipo violência contra crianças e adolescentes, foi identificado o sexo e a faixa etária das vítimas, quem foi o agressor, o local da agressão, etc. Como se indica no relatório: não obstante os 22 anos de vigência do ECA, além do grande aparelho de recomendações, leis e resoluções, cotidianamente somos surpreendidos com os atos de extrema barbárie praticados, em muitos casos, pelas pessoas ou instituições que deveriam ter a missão de zelar pela vida e pela integridade dessas crianças e adolescentes: suas famílias e as instituições públicas ou privadas que, em tese, seriam os responsáveis pelo resguardo dos mesmos. O texto completo do relatório, assim como planilhas contendo dados dos municípios do país, pode ser acessado nos sites: www.flacso.org.br ou www.cebela.org.br.
Para ver na
íntegra o estudo,
clique aqui. Fonte:http://undime.org.br/mapa-da-violencia-2012-criancas-e-adolescentes-do-brasil/
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