14ª Mini-Jornada da Família
"Violência
familiar e a desestruturação do jovem"
ARTIGOS E MENSAGENS
Textos
doutrinários
Sabeis que foi
dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá
condenação pelo juízo. Eu, porém, vos digo que quem quer
que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenação
no juízo; [....].Jesus (Mateus, 5: 21).
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INJURIAS E
VIOLÊNCIAS
Bem-aventurados
os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. Mateus,
5:5)
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos
de Deus. (S. Mateus, 5:9)
Por estas
máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude,
afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por
conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão
descortês de que alguém possa usar para com seus
semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso
que significava homem que não vale nada, e se pronunciava
cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais
longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que
disser a seu irmão: És louco.
Evidente se
torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção
agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples
palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa
reprovação? E que toda palavra ofensiva exprime um
sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve
presidir às relações entre os homens e manter entre eles a
concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na
benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio
e a animosidade; é enfim, que, depois da humildade para com
Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo
cristão. (Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo,
124. ed., p. 183-184).
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A AFABILIDADE E
A DOÇURA
A benevolência
para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo,
produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de
manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas
aparências. A educação e a frequentação do mundo podem dar
ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida
bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma
roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades
interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos
lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas,
desde que nada as agaste, mas que mordem à menor
contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela
frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por
detrás.
A essa classe
também pertencem esses homens, de exterior benigno, que,
tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus
subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo,
como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de
casa, se impõem a si mesmos. Não se atrevendo a usar de
autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem,
acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que
lhes não podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer:
Aqui mando e sou obedecido, sem lhes ocorrer que poderiam
acrescentar: E sou detestado.
Não basta que
dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum
lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja
afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o
mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao
demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar
os homens, a Deus ninguém engana. - Lázaro. (Paris,1861.)
(Allan Kardec, O evangelho segundo o Espiritismo, 124. ed.,
p. 185-186).
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AMAI OS VOSSOS
INIMIGOS
Aprendestes que
foi dito: Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos
inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos;
fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos
perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai
que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e
para os maus e que chova sobre os justos e os injustos. -
Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa
recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se
apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso
fazeis mais do que os outros? Não fazem outro tanto os
pagãos?(S. Mateus, 5:43 a 47.)
Digo-vos que, se
a vossa justiça não for mais abundante que a dos escribas e
dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.(S. Mateus,
5: 20.)
Se o amor do
próximo constitui o princípio da caridade, amar os inimigos
é a mais sublime aplicação desse princípio, porquanto a
posse de tal virtude representa uma das maiores vitórias
alcançadas contra o egoísmo e o orgulho.
Entretanto, há
geralmente equívoco no tocante ao sentido da palavra amar,
neste passo. Não pretendeu Jesus, assim falando, que cada um
de nós tenha para com o seu inimigo a ternura que dispensa a
um irmão ou amigo. A ternura pressupõe confiança; ora,
ninguém pode depositar confiança numa pessoa, sabendo que
esta lhe quer mal; ninguém pode ter para com ela expansões
de amizade, sabendo-a capaz de abusar dessa atitude. Entre
pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver essas
manifestações de simpatia que existem entre as que comungam
nas mesmas ideias. Enfim, ninguém pode sentir, em estar com
um inimigo, prazer igual ao que sente na companhia de um
amigo.
A diversidade na
maneira de sentir, nessas duas circunstâncias diferentes,
resulta mesmo de uma lei física: a da assimilação e da
repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo determina uma
corrente fluídica que impressiona penosamente. O pensamento
benévolo nos envolve num agradável eflúvio. Daí a diferença
das sensações que se experimenta à aproximação de um amigo
ou de um inimigo. Amar os inimigos não pode, pois,
significar que não se deva estabelecer diferença alguma
entre eles e os amigos. Se este preceito parece de difícil
prática, impossível mesmo, é apenas por entender-se
falsamente que ele manda se dê no coração, assim ao amigo,
como ao inimigo, o mesmo lugar. Uma vez que a pobreza da
linguagem humana obriga a que nos sirvamos do mesmo termo
para exprimir matizes diversos de um sentimento, à razão
cabe estabelecer as diferenças, conforme os casos.
Amar os inimigos
não é, portanto, ter-lhes uma afeição que não está na
natureza, visto que o contacto de um inimigo nos faz bater o
coração de modo muito diverso do seu bater, ao contacto de
um amigo. Amar os Inimigos é não lhes guardar ódio, nem
rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem
pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é
não opor nenhum obstáculo a reconciliação com eles; é
desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar júbilo, em
vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em
se apresentando ocasião; é abster-se, quer por palavras,
quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é,
finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a
intenção de os humilhar. Quem assim procede preenche as
condições do mandamento: Amai os vossos inimigos. (Allan
Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, 124. ed., p.
225-227).
* * *
A LOUCURA DA
VIOLÊNCIA
Entre as
expressões do primarismo, no mercado das paixões humanas,
destaca-se com realce a violência, espalhando angústia e
dor.
Remanescente dos instintos agressivos, ela estiola as mais
formosas florações da vida, estabelecendo o caos.
Em onda volumosa arrasa, deixando destroços por onde passa,
alucinada.
Na raiz da violência encontra-se a falta de desenvolvimento
do senso moral, que o espírito aprimora através da educação,
do exercício dos valores éticos, da amplitude de
consciência.
Atavismo cruel, demora de ser transformada em ação
edificante, face às suas vinculações com os reflexos
instintivos do período animal, que se prolongam,
perturbadores.
Não apenas gera aflição, quando desencadeada, como também
provoca reações equivalentes em sucessão quase
incontrolável, arrebentando tudo quanto se lhe opõe no
percurso destrutivo.
Todo o empenho em favor da preservação dos valores morais
deve ser colocado a serviço da paz, como antídoto à força
devastadora da violência.
Pequenos exercícios de autocontrole terminam por criar
hábitos de não-violência.
Disciplinas mentais e silêncios fortalecidos pela confiança
em Deus geram a harmonia que impede a instalação desse
desequilíbrio.
Atividades de amor, visando o bem e o progresso da criatura
humana e da sociedade, constituem patamar de resistência às
investidas dessa agressividade.
Reflexões em torno dos deveres morais produzem a
conscientização do bem, gerando o clima que preserva os
sentimentos da fraternidade.
A violência é adversária do processo de evolução,
fomentadora da loucura. Quem lhe tomba nas garras exaure-se,
e, sem forças, termina no abismo do autoaniquilamento ou do
assassínio...
A violência disfarça-se no lar, quando os cônjuges não
respeitam os espaços, os direitos que lhes cabem
reciprocamente; quando os filhos se sentem preteridos por
falsos valores do trabalho, do dinheiro, do poder...
Na sociedade, quando os preços escorcham os necessitados;
quando os interesses pessoais extrapolam os seus limites e
perturbam os outros;
quando a comodidade e os prazeres de alguns agridem os
compromissos e os comportamentos alheios;
quando as injustiças sociais estiolam os fracos a benefício
dos fortes aparentes;
quando os sentimentos inferiores da maledicência, da
calúnia, da inveja, da traição, do suborno de qualquer tipo,
da hipocrisia, disseminam suas infelizes sementes;
quando os pendores asselvajados não encontram orientação;
quando as ilusões e fugas, os vícios e aliciamentos levam às
drogas, ao sexo desvairado, às ambições absurdas, explodindo
nas ruas do mundo e invadindo os lares;
quando os governantes perdem a dignidade e estimulam a
prevalência da ignorância, provocando guerras nacionais e
internacionais...
A violência, de qualquer natureza, é atraso moral, síndrome
do primitivismo humano remanescente.
O homem e a mulher estão fadados à paz, à glória estelar.
Assim, liberta-te daqueles remanescentes agressivos que
terminam insuflando-te reações infelizes.
Se te compraz ainda mantê-los, tem a coragem de te
violentares, superando-os ou domando-os, e contribuirás para
o apressar do progresso humano.
Como não te é lícito conivir com o erro, ensina pela retidão
os mecanismos da felicidade, evitando a ira, a cólera, o
ódio.
A ira é fagulha que ateia o fogo da violência. A cólera é
combustível que a mantém, e o ódio é labareda que a amplia.
Pensa em Jesus, e, em qualquer circunstância, interroga-te
como Ele agiria, se estivesse no teu lugar. Tentando-o,
lograrás imitá-lO, fazendo como Ele, sem nenhuma violência.
(Joanna de Angelis, Momentos enriquecedores,.1.ed., p.14-18
).
* * *
FATORES QUE
GERAM A VIOLÊNCIA
A violência vem
dominando o mundo e as consciências, quando são impostos
regimes políticos, condutas sociais, convicções religiosas,
ideologias que se fazem aceitar pela força, o que tem
resultado em acúmulo de iras que se convertem em mágoas e
ódios, ampliando os ressentimentos e dando lugar às
explosões periódicas de rebeliões e crimes ferozes.
Enquanto
predominarem a rebeldia e a indisciplina do instinto não
submetido à razão, a violência governará o ser humano.
A ambição
desmedida de ser o que ainda não conseguiu, possuir de
qualquer maneira o que lhe falta, de sobrepor-se ao seu
próximo e dominá-lo sob a tirania do orgulho, da presunção
ou dos conflitos de inferioridade que o infelicitam, farão o
indivíduo violento. (Joanna de Ângelis, Sendas luminosas,
p. 150 )
A violência
urbana, por exemplo, é filha legítima dos que se encontram
em gabinetes luxuosos e desviam os valores que pertencem ao
povo, que desrespeitam; que elaboram Leis injustas, que
apenas os favorecem; que esmagam os menos afortunados,
utilizando-se de medidas especiais, de exceção, que os
anulam; que exigem submissão das massas, para que consigam o
que lhes pertence de direito... produzindo o lixo moral e os
desconsertos psicológicos, psíquicos, espirituais. (Joanna
de Ângelis, Amor, imbatível amor, p. 84 ).
* * *
REAÇÃO E
CONSEQUÊNCIAS
Quando alguém
reage, revidando contra o agressor, passa a sintonizar com
ele, mantendo ambos estreita e perniciosa interdependência
psíquica, em desditoso comércio mental de ódio dissolvente,
que termina por subjugá-los sem reversão. (Joanna de
Ângelis, Após a tempestade, 5. ed., p. 90).
* * *
AGRESSIVIDADE NO
LAR
O agressor deve
ser examinado como alguém perturbado em si mesmo, em
lamentável processo de agravamento. Não obstante merece
tratamento a agressividade, que procede do espírito cujos
germes o contaminam, em decorrência da predominância dos
instintos materiais que o governam e dominam.
Problema sério
que exige cuidados especiais, a agressividade vem dominando
cada vez maior número de vítimas que lhe caem inermes nas
malhas constritoras.
Sem dúvida, fatores externos contribuem para distonias
nervosas, promotoras de reações perturbantes, que geram, não
raro, agressividade naqueles que, potencialmente, são
violentos.
Acostumado à lei da selva, o espírito atribulado retorna à
carne galvanizado pelas paixões que o laceram e de que não
se deseja libertar, favorecendo facilmente que as
reminiscências assomem ao consciente e se reincorporem à
personalidade atual, degenerando nas trágicas manifestações
da barbárie que ora aterram todas as criaturas.
A agressividade reponta desde os primeiros dias da vida
infantil e deve ser disciplinada pela educação, na sua nobre
finalidade de corrigir e criar hábitos salutares.
A pouco e pouco refreada, termina por ceder lugar às
expressões superiores que constituem a natureza espiritual
de todo homem.
O espírito é constituído pelos feixes de emoções que lhe
cabe sublimar ao império dos renascimentos proveitosos,
O que não corrija agora, transforma-se em rude adversário a
tocaiá-lo nas esquinas do futuro.
O temperamento irascível, aqui estimulado, ressurge em
violência infeliz adiante.
O egoísmo vencido, o orgulho superado cedem lugar ao
otimismo e à alegria de viver para sempre.
O agressivo torna-se vítima da própria agressividade, hoje
ou posteriormente.
O organismo sobrecarregado pelas toxinas elaboradas
arrebenta-se em crise de apoplexia fulminante.
A máquina fisiológica sacudida pelas ondas mentais de
cólera, sucumbe, inevitavelmente, quando não desarranja a
aparelhagem eletrônica em que se sustenta, dando início aos
lances da loucura e das aberrações mentais.
Outrossim, gerando ódio em volta de si, o agressivo atrai
outros violentos com os quais entra em choque padecendo, por
fim, as conseqüências das arbitrariedades que se permite.
Não foi por outra razão que Jesus aconselhou a Simão, no
momento grave da Sua prisão: Embainha a tua espada, porque
quem com ferro fere, com ferro será ferido.´
Acautela-te, e vence a agressividade, antes que ela te
infelicite e despertes tardiamente. Só o amor vence todo o
mal e nunca se deixa vencer. (Joanna de Ângelis, Leis
morais da vida, p. 111-113).
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COMBATE À
VIOLÊNCIA
Com Jesus
aprendemos que o amor substituirá, um dia, a agressividade
humana, resolvendo todas as questões que possam constituir
pontos de divergência entre as criaturas e motivações para
as guerras. (Joanna de Ângelis, Após a tempestade, 3. ed.,
p. 105).
A mansuetude, a pacificação, a humildade, a paciência, a
brandura são os métodos mais eficazes para se enfrentar a
violência.
Não-violência é amor em elevado grau, que permite considerar
o agressor como enfermo, oferecendo-lhe a resistência
pacífica, a fim de neutralizar-lhe a fúria desencadeada
pelas paixões inferiores. (Joanna de Ângelis, Sendas
luminosas, 2.ed., p. 151 ).
* * *
CULTO DO
EVANGELHO NO LAR
A excelência da
prática do Culto do Evangelho no Lar é sentida desde os
primeiros momentos em que é inaugurada.
A reflexão da família em torno dos ensinos do Mestre, as
ponderações e comentários, sob o ponto de vista de cada um,
são elementos altamente terapêuticos favorecendo a
psicosfera do lar.
A oração em conjunto amplia os horizontes mentais e eleva as
almas na direção do Bem. O clima criado nos instantes do
Culto do Evangelho favorece o entendimento e a fraternidade,
pois cada um se coloca mais perto do outro e em posição
mental receptiva ao amparo dos Benfeitores invisíveis.
Nestes instantes de serena beleza, em que o círculo
doméstico se volta pra Jesus, os Mensageiros do Bem se
acercam do lar [...], se aproximam e esparzem sobre todos os
eflúvios de paz, de harmonia e as energias que fluem do Mais
Alto retemperam as forças dando o bom ânimo imprescindível
ao prosseguimento das lutas cotidianas. (Suely Caldas
Schubert, Obsessão ⁄ desobsessão,6.ed.,p.121)
* * *
LIGAÇÕES
FAMILIARES
Quanto
possível, esforça-te mas esforça-te de verdade para
viver em harmonia com os parentes que te pareçam menos
afinados com os teus pontos de vista.
No Plano Físico, não nos achamos vinculados com alguém, nos
laços da consanguinidade, sem justa razão de ser.
Aqueles que alimentam ódio e aversão, quando desejosos de
melhoria, são induzidos por Benfeitores da Vida Sublimada, a
se reencarnarem juntos, a fim de apagarem as labaredas de
discórdia que lhes atormentam a vida íntima, através de
provações atravessáveis em comum.
Se os propósitos desse ou daquele familiar te parecem
claramente opostos aos ideais superiores que abraças,
abençoa-o com os teus melhores pensamentos e não lhe barres
os passos no caminho das experiências que se lhe fazem
precisas.
Não desprezes teus pais ou teus filhos por serem
desorientados ou doentes, porque talvez tenhas sido, em
existências já transcorridas, a causa direta ou indireta dos
desequilíbrios ou enfermidades que patenteiam.
Em muitas ocasiões, terás renascido em consanguinidade com
parentes rudes e, às vezes, cruéis, unicamente por amor a
eles, de modo a auxiliá-los na transformação necessária, com
as tuas demonstrações de tolerância e paciência, devotamento
e humildade.
Se depois de sacrifícios inumeráveis em favor de parentes
determinados e isso acontece frequentemente entre pais e
filhos notas, no íntimo, que a tua consciência se
reconhece plenamente quitada para com eles, sem que esses
mesmos familiares, após longo tempo de convivência,
demonstrem o mínimo sinal de renovação para o bem, deixa que
sigam a estrada que melhor se lhes adapte ao modo de ser,
porque as Leis da Vida não te obrigam a morrer, pouco a
pouco, a pretexto de auxiliar aos que te recusam o amor.
Uma criança terna e inesquecível que retorna ao Mais Além,
nos primeiros tempos da infância, quase sempre é um coração
profundamente dedicado ao teu progresso espiritual que
apenas regressou ao teu convívio doméstico, a fim de
acordar-te, para as realidades da alma, através da saudade e
da afeição.
Se não tens a devida força para carregar os compromissos que
assumes diante de uma pessoa, com que partilhaste as
alegrias do sentimento, nunca abandones a criança ou as
crianças que houverem nascido de semelhante união.
Educa ou reeduca os pequeninos, sob a tua responsabilidade,
enquanto na infância tenra, facilmente amoldável aos teus
princípios de natureza superior, mas diante dos familiares
erguidos à condição de adultos, respeita-lhes a liberdade de
caminhar no mundo, conforme as suas próprias escolhas,
porque nem todos conseguem trilhar o mesmo caminha para a
união com Deus. (Emmanuel, Calma, ed.,p. ).
* * *
EM FAMÍLIA
Aprendam
primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e
a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável
diante de Deus. Paulo. (1ª EPÍSTOLA A TIMÓTEO, 5: 4.)
A luta em
família é problema fundamental da redenção do homem na
Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se
ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é
indagação lógica que se estende a todos os discípulos
sinceros do Cristianismo.
Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não
coadunam.
O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das
atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que
chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que
conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por
eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.
Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos,
espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo
pessoal, através dos laços consanguíneos, entregando-se, por
isso, a lamentável desânimo.
É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das
ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões
casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as
provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze,
portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta
acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave
esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho
iluminativo.
É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos
ser úteis nem mesmo a
mesmo a uma casa pequena aquela em que a Vontade do Pai
nos situou, a título precário.
Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o
discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de
hoje, convicto de que semelhante esforço representa
realização essencial. ( Emmanuel, Pão Nosso, 29.ed.,p.
249-250).
* * *
JESUS
Bem aventurados
os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem aventurados os
pacificadores. Jesus (Mateus 5: 5 e 9).
Fonte: Revista
Reformador (julho 2006) -
http://www.ocentroespirita.com/centroespirita/download/reuniao-publica/VICIOS_PROBLEMAS_6.pdf
Para contato com a Equipe
Espiritismo.net, acesse:
www.espiritismo.net/familia.
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