16ª Mini-Jornada da Família
"O
consumismo material e a educação familiar"
ARTIGOS E MENSAGENS
Amar a família ou
comprar uma família?
Desde pequenos
um hábito se instala em nós: resolver problemas comprando
coisas. Você já percebeu como essa situação é bastante
comum?
Começa quando as crianças veem anúncios na TV e pressionam
os pais para que lhes comprem brinquedos e doces.
Por sua vez, pais e mães também são levados a acreditar que
seus filhos serão mais felizes se tiverem mais e mais coisas
materiais.
É o consumismo se instalando. Em vez de enfrentarem essa
crise educando a criança, em geral os pais a satisfazem.
É uma atitude que reforça a crença de que se pode ter tudo e
que as coisas materiais são a razão da felicidade.
Muitos pais, inclusive, tentam compensar as longas horas
ausentes de casa fazendo compras exageradas.
Enchem os filhos de objetos e, rapidamente, as crianças
aprendem a negociar. Tornam-se cada vez mais exigentes e
consumistas.
Na adolescência, as compras continuam: aparelhos eletrônicos
substituem os brinquedos. São celulares, computadores e
jogos eletrônicos de imediato substituídos, quando surgem
novos modelos.
As mesadas se tornam maiores e logo os filhos desaparecem de
casa, em companhia de amigos. Vivem em noitadas
intermináveis, com fácil acesso ao álcool, fumo e drogadição.
O passo seguinte é comprar-lhes um carro, um apartamento...
E cabe então a pergunta: Nessas quase duas décadas em que
vivem com os pais, que aprenderam? Que exemplos receberam?
Será que conhecem verdadeiramente seus pais? Estão
preparados para amar ou para comprar?
E o que dizer dos pais? Será que realmente conhecem seus
filhos? Sabem de seus sonhos e aspirações? Já ouviram suas
frustrações e problemas?
Chega-se então ao mundo adulto. E as situações infelizes
continuam a ser resolvidas à base de compras.
Roupas e sapatos, carros, vinhos, joias. A ostentação
esconde a infelicidade.
Falsa é essa felicidade baseada em ter coisas. Ela estimula
o materialismo e destrói o que temos de mais belo: a
convivência familiar, a construção de lembranças preciosas.
Amar a família inclui sustentá-la em suas necessidades,
prover o estudo dos filhos, garantir alimentação e lazer.
Mas, muito diferente é substituir a presença do amor pelo
presente por mais ricamente embalado que seja.
Um filho é uma dádiva Divina. Uma responsabilidade que
inclui não apenas dar-lhe coisas materiais, mas dar-lhe
suporte emocional, psicológico.
É preciso falar com os filhos, conhecê-los, sondar o que
pensam, refletir sobre o que fazem.
O mesmo vale para o casal: depois de alguns anos de
convivência, as conversas, antes tão íntimas, costumam ser
substituídas por presentes, como flores e joias.
Aos poucos se esvai a cumplicidade, a parceria e até a
atração.
E os pais? Envelhecem sozinhos, cercados de enfermeiras ou
de pessoas pagas para tomar conta deles. Velhos pais,
isolados, com suas manias e conversas que ninguém quer
ouvir.
Quão felizes seriam com visitas e conversas mais longas.
Por tudo isso, reflita hoje: Estou amando ou comprando minha
família?
Redação do Momento Espírita.
Em 20.02.2008.
Fonte:
www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1768
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