16ª Mini-Jornada da Família
"O
consumismo material e a educação familiar"
ARTIGOS E MENSAGENS
Consumismo I
Você já notou
que, nos dias de hoje, os apelos são imensos para nos tornar
cada vez mais consumistas?
Nas revistas e jornais, no rádio, na televisão e na
internet, os convites às compras parecem estar em toda
parte.
Nem mesmo nos elevadores e nas ruas estamos a salvo:
outdoors, cartazes, painéis eletrônicos, folhetos e todo
tipo de propaganda estão ao alcance de nossos olhos e mãos.
É o excesso de nossos dias. Vivemos uma vida quase
artificial, em que, aos poucos, a simplicidade e os valores
reais vão sendo substituídos por coisas artificiais e
passageiras.
Em vez de nossas conversas com familiares e vizinhos, agora
passamos horas em frente à televisão ou ao computador.
Ficamos cegos para os que vivem ao nosso lado.
Deixamos de ouvir o mundo, para nos isolar em fones de
ouvido. E acabamos por nos tornar um pouco surdos para a
realidade.
E assim prossegue nossa vida, cada vez mais mecanizada, cada
vez mais dirigida pelos produtos que compramos sem parar,
estimulados pelos anúncios e propagandas.
E isso não ocorre apenas com os adultos. As crianças são
bombardeadas pela publicidade, já que se descobriu que elas
influenciam poderosamente os pais, não só para comprar
brinquedos, mas também para adquirir carros,
eletrodomésticos e produtos alimentícios.
Interessante lembrar que a publicidade nos faz acreditar que
precisamos ter as coisas. Ela se infiltra em nós, comandando
a vontade.
Vale-se de conceitos importantes para o ser humano:
aceitação, alegria, bem-estar.
Por outro lado, a força da propaganda também nos atinge ao
informar que, se não temos determinadas coisas ou serviços,
somos infelizes ou excluídos de grupos sociais.
Mas o problema não está nos publicitários ou nos
anunciantes. Eles fazem o trabalho deles. O problema está em
nós, que acreditamos e aceitamos, como verdades, os
comerciais.
É um caso de sintonia. Aceitamos passivamente a mensagem da
publicidade e vamos além: nós nos identificamos com ela.
Passamos a acreditar que seremos felizes somente se tivermos
objetos caros ou de marcas famosas.
Aos poucos, nos tornamos escravos da necessidade de comprar.
Cosméticos, alimentos, aparelhos eletrônicos tudo passa a
ser objeto de desejo.
É quando nos entregamos sem reservas à mensagem da
publicidade.
Para libertar-se dessa escravidão, temos a força de vontade,
a capacidade de resistir e o livre-arbítrio.
Por isso, Mestres Espirituais de todas as épocas, povos e
religiões advertiram o homem para que combatesse os desejos
desenfreados.
Na Índia, Krishna e Buda alertaram sobre os desejos que
comandam as ações humanas e recomendaram eliminá-los, a fim
de alcançar a libertação.
E Jesus de Nazaré advertiu que, onde estiver o nosso
tesouro, aí estará o nosso coração.
Se pusermos nosso foco em coisas, pessoas ou situações que
desejamos, é a isso que estaremos vinculados, mesmo após a
morte do corpo.
Ao contrário, se nossa atenção estiver voltada para Deus,
para a vivência da ética e dos valores do Espírito,
certamente superaremos os desejos que aprisionam e
caminharemos em direção à pureza e à alegria permanentes.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 19.05.2008.
Fonte:
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1693
Para contato com a Equipe
Espiritismo.net, acesse:
www.espiritismo.net/familia.
|