16ª Mini-Jornada da Família
"O
consumismo material e a educação familiar"
ARTIGOS E MENSAGENS
Necessário e
supérfluo I
Quando o homem
se aproxima do Evangelho são muitas as perguntas que passa a
se fazer. Por vezes, a consciência lhe diz que deve tomar
certas atitudes e abrir mão de outras.
Em certos momentos, a mensagem parece estabelecer conflitos
com a realidade que vive.
Tal se dá, por exemplo, no que diz respeito ao que seja
necessário ou supérfluo. Qual será o ponto exato em que
termina um e começa o outro?
Viajar será supérfluo? Possuir vários calçados e roupas será
errado? Permitir-se o lazer e gastar algum dinheiro com ele
será supérfluo?
Lembramo-nos de Madre Teresa de Calcutá. Ao ser convidada a
receber o Prêmio Nobel a que fez jus, ela pediu permissão
para dispensar o banquete, pois preferia que a importância a
que seria gasta com ele lhe fosse dada para os seus pobres.
Afirmou, então, que duas colheres de arroz eram suficientes
para sua alimentação.
Para vestir-se, dois sarís era o que tinha.
Para sua mente, estava bem claro o que lhe era necessário e
o que considerava supérfluo.
Convenhamos, entretanto, que necessitamos nos apresentar de
acordo com as funções e a profissão que exercemos.
Dependendo da profissão, não será supérfluo manter um
guarda-roupa razoável, que nos permita comparecer aos locais
com a vestimenta adequada, se isso for necessário.
Supérflua será a ostentação vaidosa de trajes e grifes.
Alimentarmo-nos é necessário e cada um de nós tem sua cota
estabelecida pelo seu próprio organismo. Ele nos diz o
limite do necessário.
Quando desvirtuamos as nossas necessidades alimentares,
permitindo-nos a gula, criamos necessidades artificiais e
caímos no supérfluo.
Talvez uma boa medida do necessário e do supérfluo possa nos
ser dada pelo nosso guarda-roupa. Quando as roupas forem
tantas que o armário já não as consiga guardar, quando ao
abrirmos as suas portas caem várias peças, pois que não há
mais espaço para as ajeitar, eis o supérfluo.
Quando o mofo e as traças se apoderam dos nossos guardados,
estão dizendo que há supérfluos pois se a necessidade
ditasse o uso, calçados, bolsas, roupas não permaneceriam o
tempo suficiente em gavetas e armários para servirem de
alimento a traças e sofrerem a ação continuada da umidade.
O limite entre o necessário e o supérfluo nada tem de
absoluto.
Tudo é relativo e cabe à razão colocar cada coisa em seu
lugar.
Desenvolvamos em nós o senso moral e o sentimento de
caridade que nos permitem o acerto, repartindo o que sobra
com quem tem pouco ou nada tem.
Você sabia...
...que a busca do bem-estar pelo homem é um desejo natural?
E que a procura do bem-estar só é indevida se esse for
conquistado às custas de alguém ou colaborar para o
enfraquecimento das forças físicas ou morais do homem?
O maior mérito para o homem é fazer o bem aos outros.
Redação do Momento Espírita.
Em 17.12.2012.
Fonte:
www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3701
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