![]() Projeto Manoel Philomeno de Miranda Caso 7 Compromisso ameaçado NARRATIVA "Nem sei como começar. Não estou mais suportando a situação em casa: meu marido bebe e se enche de dívidas. Ele já prometeu, várias vezes, parar de beber e não consegue. Estou desesperada. Meus filhos estão vivenciando todo o problema, mas tenho medo de me separar e me complicar espiritualmente. Já me disseram que é meu carma e devo agüentar até o fim. O que eu faço?" ORIENTAÇÃO Falamos da Doutrina Espírita e do conceito de carma, que é dinâmico e não determinista, ou fatalista, como erroneamente se pensa. Demos a visão espírita do Deus-Amor e não Deus-punição e explicamos que a responsabilidade dos nossos atos, através do livre-arbítrio, é uma das maiores provas desse amor. Falamos da colheita a partir da sementeira, que se dará de acordo com a nossa capacidade, limites e nível evolutivo; do reencontro de Espíritos através da Reencarnação para novas oportunidades de reparação e crescimento; da finalidade essencial da vida, que é aprendermos a nos amar, à medida que evoluímos. No casamento o compromisso é mútuo disse-lhe. Sugerimos que se perguntasse: Eu quero, realmente, manter, ou salvar esse relacionamento (e/ou ajudar o marido)? Já investi tudo o que podia para que isso aconteça? O que eu poderia fazer além do que já fiz, com esse objetivo? E lhe orientamos que antes de tomar uma decisão, procurasse harmonizar-se mais através da oração, freqüência às reuniões doutrinárias, passes; que realizasse o Evangelho no lar e procurasse envolver o companheiro e a família em vibrações de paz e mentalizações positivas. Tentasse o diálogo carinhoso e evitasse o conflito. Pensasse nele como um doente (sem rancor, mas sim, com piedade) e propusesse-lhe a terapia médica e espírita. Caso ele não aceitasse, auxiliasse-o, da maneira possível, independente da decisão de manter ou não o casamento. COMENTÁRIOS É importante termos sempre em mente durante o atendimento uma de suas diretrizes: que não nos compete induzir ou tomar qualquer decisão pelo assistido, respeitando o livre-arbítrio de cada um, fator preponderante na evolução individual. Devemos oferecer a palavra espírita, inclusive esclarecendo quanto a conceitos errôneos, ampliando assim a visão do problema e oferecendo alternativas de reflexões, que auxiliarão na escolha (individual e intransferível).
Do livro "Atendimento Fraterno" |
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